(. Doeu e vai doer para sempre)
Quando estás a dormir e é essa a última imagem que tenho tua, sinto uma enorme paz e tranquilidade. Ao contrário daqueles dias em que estás acordado queres falar e não consegues e as lágrimas começam a cair-te pelo rosto. E nesses dias, brinco ao faz de conta e imagino que sou forte e que tenho esperança que dias melhores virão, mas isso é só quando estou aí a segurar a tua mão. Porque quando entro no carro vejo o quão fraca sou, as esperanças vão-se embora e as lágrimas são a única coisa que me resta no caminho para casa. Choro, choro e choro …
Por vezes quero chorar mas já nem lágrimas tenho, quero gritar que tudo isto é injusto mas falta-me a voz, quero destruir tudo á minha volta mas faltam-me as forças.
Tudo isto é deveras complicado e não dá para descrever o que sinto, pois ninguém iria perceber. Toda a gente quer ver “o eu” divertida, feliz e sempre bem-disposta quando na verdade só me apetece chorar, gritar e fugir. E sinto-me cansada de tudo e de nada, do mundo, do teu sofrimento, da minha existência. Cansada, cansada, cansada…
No fim respirei fundo e disse:
- O sofrimento dele acabou!
E uma parte de mim morreu contigo!
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